19 de jan. de 2012

Música... poesia... psicanálise!





Hoje acordei pensando em tocar Zombie no violão...
uma música do The Cranberries, uma das primeiras que aprendi a tocar, há uns 8 anos atrás?! É um grande sucesso ( vendeu 3x mais que o primeiro álbum da banda), uma música muito bonita e com notas fáceis...tudo que um aprendiz de violão deseja! O refrão diz: What's in your head, in your head... Deixei o link com a letra e tradução no final da postagem para quem quiser conferir.

E me dei conta que há uma semana minha inspiração vem chegando pouco a pouco...porque acordar lembrando de Zombie só pode ser muita inspiração (risos)...
O reencontro com os pacientes no consultório, a possibilidade de uma viagem para onde ainda não conheço, um livro novo que fala sobre a experiência de estudar outra língua num país estrangeiro, encontros com pessoas especiais, uma manhã livre... Bom, só sei que tudo isso me fez pensar em escrever sobre a transferência na clínica psicanalítica, sobre o amor de transferência. Sobre o amor, talvez...

É um assunto que me faz pensar um pouco com o sentido da música que me lembrei hoje...
Aliás, estou me lembrando que assisti "Quando Nietzsche chorou", na semana passada, já tinha lido e gostei muito do filme, embora os livros sejam sempre mais interessantes que os filmes...que fala justamente sobre o nascimento da psicanálise. E a transferência também é um início da psicanálise...

É um grande conceito psicanalítico, tão antigo e tão importante... como Zombie.
Talvez por isso eu tenha relacionado uma coisa a outra. Não vou ficar aqui conceituando o termo, porque nem me sinto segura para isso, mas posso incluir algumas citações:


"...a transferência não é sombra das antigas tapeações do amor: é isolamento, no
atual, de seu funcionamento de puro engano. Por trás do amor de transferência há
afirmação do laço do desejo do analista com o desejo do paciente."

LACAN, Jacques. Op. Cit., 1988, p. 240


“Que haja amor à fraqueza, está aí
sem dúvida a essência do amor.
Amar é dar o que não se tem,          
ou seja, aquilo que poderia reparar
essa fraqueza original”
                               Jacques Lacan   -
 LACAN, Jacques. O Seminário – livro 17. O avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1992, p. 4

Talvez falar de transferência permita falar de teoria sem deixar de lado a poesia, sem que seja tão radical o estudo, não parece uma grande possibilidade unir música... poesia e psicanálise?!


Um excelente dia...


Veja a estória da banda em: http://www.bastaclicar.com.br/musica/letra_musica_mostra.asp?id_musica=4230&id_album=362
E a tradução da música: http://letras.terra.com.br/the-cranberries/8907/traducao.html
Um artigo sobre transferência:
http://www.ebp.org.br/biblioteca/pdf_biblioteca/2007/14Maria_do_Carmo_Dias_Batista_Amar_%C3%A9_dar_o_que_n%C3%A3o_se_tem.pdf





17 de jan. de 2012

O princípio do equilíbrio


O Princípio do Equilíbrio afirma que, onde quer que várias partes formem um todo (um sistema), devemos prestar atenção e nos dedicar a cada parte, sob pena de que tanto as partes não atendidas quanto o todo sofram ou tenham problemas por isso.

 Como ser humano, você tem corpo, mente e espírito. Se você se dedicar muito ao corpo e ao espírito, esquecendo a mente, será forte, integrado e irá se dedicar a outras pessoas, mas com poucos conhecimentos e outros recursos racionais. No nível mental, uma pessoa pode se desequilibrar dedicando mais atenção ao passado, às lembranças, e esquecer os planos. Pode ficar sonhando com futuros ou preocupando-se, e esquecer sua experiência. Ou pode ainda planejar e lembrar-se, esquecendo-se de estar no presente e usufruir das coisas boas que conquistou.

Quem quer um pouco mais de saúde e seus benefícios deve ter, com certeza, como parte do seu cotidiano, a intenção da busca por aquele pouco mais de equilíbrio, em cada momento e em cada dimensão importante da vida. 

* Texto retirado de recortes de outros textos, com adaptações. 

Clínica de psicologia- 3026 3130/ 3132