20 de mar. de 2012

Exposição surpreende com os jovens da arte contemporânea do Centro-Oeste ( fonte: www.campograndenews.com.br)




É arte contemporânea. Praticamente inexplicável. Se fosse possível explicá-la já não seria mais arte, não a contemporânea. “Seria representativa. Arte contemporânea não apresenta. Ela representa”. A explicação, que parece confusa, é do artista plástico goiano e curador independente Paulo Henrique Silva, de 33 anos, que trouxe a Campo Grande a mostra itinerante “Dialetos” – uma exposição sobre a relação homem-universo.
Instalada no Marco (Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul), a exposição será aberta à visitação nesta terça-feira (19), às 19h30. Ao todo, 20 artistas participam da mostra, sendo 8 campo-grandenses, 4 vindos de Brasília (DF) e 8 de Goiás (GO).
Paulo Henrique explica que a mostra fala das relações dialéticas entre universo único, que é o mundo, com o homem que pode ser vários. Os trabalhos, conta o artista, também remetem aos problemas sociais. “É universal, mas cada um fala a sua maneira”, disse.
Da séria "Os fantasmas que habitam as casas modernistas. Desenho digitalizado impresso em vinil sobre PVC. (Foto: João Garrigó)
“Às vezes ele [o artista] está discutindo a mesma coisa que o outro do Distrito Federal, de Campo Grande, mas se apropria de signos de sua linguagem local”, completa.
A exposição foi dividida em duas partes. A primeira comporta trabalhos de pintura e instalações. Na outra, na sala ao lado, ficam as pinturas e os registros fotográficos.
As novas alternativas artísticas vão surgindo obra a obra, em mesclas como desenho em nanquim, mais intervenções digitais.
A mostra está aberta ao público de terça à sexta-feira, das 12h às 18h. Sábados, domingos e feridos, o espaço é aberto das 14h às 18.
Valorização – A idéia de trazer uma exposição de arte contemporânea para Campo Grande não foi por acaso. Pedro Henrique esteve na cidade em outubro do ano passado. Foi um dos membros de comissão julgadora na abertura do salão de arte no Marco.
Obra do Campo-Grandense Evandro Prado. “Remete à arquitetura religiosa, especialmente móveis litúrgicos”. (Foto: João Garrigó)
“Ela surgiu da necessidade de intercâmbio entre os principais pólos de arte contemporânea do país”, disse. “Percebi as vitrines precisavam se movimentar”.
Sobre a produção artística em Campo Grande, o artista prefere dizer que “está dando passos certos a um rumo correto”, mas seria interessante se houvesse “residências artísticas” com uma perspectiva para contribuir com a produção local.
Por fim, elogiou o Museu de Arte Contemporânea. “De todos os espaços que já usei com a mostra, vocês têm a melhor estrutura”, avaliou.
Destaques Regionais – Entre as obras de artistas Campo-Grandenses, destaque para duas. A primeira, de série “Catedral 2011”, do artista plástico campo-grandense, Evandro Prado. Uma oxidação de pregos sobre tecido com 280 x 330 cm de dimensão.
“É um trabalho marcado pela influência religiosa. Ele se apropria dos elementos religiosos, especialmente católicos, para discutir questões sociais”, explicou o curador da mostra.
A pintura de Evandro Prado, segundo o organizador, proporciona movimento em uma perspectiva tridimensional e escultórica, isto porque a obra é em “tecidos soltos” e não contida em moldura, como as demais.
“Remete à arquitetura religiosa, especialmente móveis litúrgicos”, comenta. “As pessoas param para ver e tentam montar o quebra-cabeça”, acrescenta.
Priscilla Pessoa também foi citada pelo curador. A artista plástica leva à mostra três quadros: “Grupo dos 4”, “Úrsula” e “Tereza”. Este último, um tanto quanto ousado, não pela obra, mas pela proposta da artista. “É uma mulher tendo um orgasmo”, revela.
“Ela [Priscilla Pessoa] trabalha com a iconografia cristã e mescla o antigo e o atual”, revela. A ousadia, segundo Pedro Henrique, está justamente aí. Abordar um tema que praticamente é condenado pela igreja.
“Um dos objetivos da arte contemporânea é não fechar conceitos. Isso é arte contemporânea”, finaliza o curador.
Serviço – O Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul está localizado na Rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3326-7449.





http://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes/exposicao-surpreende-com-jovens-da-arte-contemporanea-do-centro-oeste

13 de mar. de 2012

O que quer a mulher?




Certa vez um príncipe cruzou terras do reino vizinho sem percebeu e havia uma lei local que definia que se isso ocorresse, o invasor seria penalizado com a morte. Levado a julgamento pelo ato cometido, o príncipe perguntou ao rei se poderia reparar seu erro em vez de perder sua vida. O rei então lhe disse que se ele lhe desse uma resposta significativa ao seu dilema, o deixaria vivo. O príncipe esperançoso aceitou o desafio. Então o rei lhe deu uma semana para que lhe trouxesse a resposta da pergunta que tanto o afligia: O quer a mulher? O príncipe saiu a perguntar e as pessoas lhe diziam palavras que não faziam sentido profundo. Então alguém lhe disse que nas montanhas havia uma bruxa que conhecia os segredos da vida e que poderia ajudá-lo. Lá se foi ele em direção a montanha. Seu tempo estava se esgotando e queria manter sua vida. Lá chegando foi recebido pela bruxa. Contou o ocorrido e pediu-lhe ajuda. A bruxa disse que o ajudaria sob uma condição: que ele levasse a resposta ao rei e depois voltasse e se casasse com ela. O príncipe olhou para a bruxa horrenda e curvando-se ao seu destino, aceitou sua proposta. Então a bruxa lhe disse: a mulher quer ser reconhecida em seu direito de escolha. Fez todo sentido para o príncipe que levou a resposta ao rei, livrando-se da morte. Como era um homem de palavra, voltou para honrar seu compromisso com a bruxa. No dia do casamento, para sua surpresa a bruxa havia se transformado em uma mulher deslumbrante. Após a cerimônia de casamento, disse a seu marido que ele poderia escolher entre ter uma linda mulher durante o dia e a bruxa a noite ou a bruxa durante o dia e a linda mulher durante a noite. O príncipe olhou para sua mulher e lhe disse: a escolha é sua. Assim sendo, eles tiveram uma maravilhosa noite e de núpcias e ao amanhecer, surpreso, o príncipe verificou que sua mulher continuava maravilhosamente linda e lhe perguntou o que acontecera que continuava linda após o amanhecer. Então ela lhe disse que como ele reconheceu seu direito de escolha, ela escolhera manter-se linda todos os dias de suas vidas. E eu, que também sou bruxa, escolho me manter linda todos os dias de minha vida. 

Não conheço o autor deste conto, mas ele faz todo sentido não é?!